quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Cinco segundos e muita água salgada


Água salgada e uma cabeça um tanto bagunçada, não seria a melhor combinação para uma viajem, mas foi inevitável, aquela maresia foi o único refúgio que a mente dela encontrou para escapar da desorganização que ele causou em sua vida. Foi como um furacão que veio, destruiu e foi, sem ao menos olhar para trás com algum sentimento bom. 

Agora, mais uma vez, ela está lá, desolada em uma praia deserta tentando recolher os destroços do que um dia havia sido a causa de um sorriso singelo. O sol está quente e vivo como o amor ainda existente em seu coração, há uma brisa que mexe em seu cabelo cor de ouro como as carícias feitas em uma noite qualquer, o céu está azul como aquele par de olhos que a encaravam e o mar está agitado como sua alma inquieta.

Para qualquer lugar que ela olhasse havia algo que a fizesse relembrar de tudo e a única coisa que  a  garota queria era tirar aquilo de dentro do corpo e recomeçar. Entrou no mar em uma das tentativas, e era como se estivesse mergulhando em fel, fel que empurrou-a para baixo e a fez pensar na vida, obrigou-a lembrar, e a angustia foi sendo extravasada em forma de lágrimas, as quais foram se misturando com a água salgada.

Ainda submersa na água, ela subtraia as decepções e dava lugar a novas sensações que não eram identificadas, porém lhe deixavam mais leve e faziam com que seu corpo voltasse a superfície. O mar, que antes estava agitado agora trazia novas águas, desta vez mais limpas e mais calmas, levando consigo a amargura e as lágrimas.





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