E o que penso é que talvez daqui um tempo eu vá te encontrar novamente, perdido por ai, naquelas baladas que você sempre gostou de frequentar e eu nunca tive a permissão para ir. Talvez com um cigarro na mão direita e aquele seu jeito insubstituível de fazer com que meus olhos fiquem atentos a cada movimento seu; uma olhada rápida talvez? Será que irá lembrar do meu rosto?
Na verdade, não importa se um dia eu vá te ver de novo e me decepcionar ou não, o que realmente importa é o dia de hoje e no momento eu não faço a mínima ideia de onde você esteja, com quem esteja ou o que está fazendo, mas com certeza sei que não está mandando mensagens fofas e nem olhando nos meus olhos, mesmo sem querer como aconteceu uma vez.
Achava tão importante ter você ali perto todos os dias mesmo não falando comigo e nem fazendo questão disso, todavia sabia que estava ali e um momento por acaso poderia, sem querer, esbarrar em mim como naqueles filmes americanos, tendo a liberdade de dizer qualquer coisa que me fizesse acreditar em algo possível entre nós dois.
Foram exatamente 365 dias, eu estava ali a todo momento esperando qualquer sinal, pronta para iniciar um novo capítulo da minha vida, mas não, nenhum sinal, nenhuma mensagem, nenhuma iniciativa sua, afinal você já havia dado um início naquela parte de sua história, a qual eu não aparecia nem como personagem passageira.
Queria que fosse diferente, mais enquanto meu bloco de notas se enche de escritas um tanto perdidas, você vive uma história verídica em outros lugares, com outras pessoas, com novas experiências e emoções. Eu fico aqui estacionada, esperando mais uma brecha, mais um sonho, ESPERANDO VOCÊ.
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